Foto: Profº Tito e Cristina Carrara |
Sumaré ganha os noticiários regionais e nacional com a delação que aponta uso de caixa 2 nas campanhas de Prefeita e Deputado. Delator aponta caixa 2 a ex-prefeita e ex-deputado de Sumaré.
Cristina Carrara e Professor Tito teriam recebido R$ 900 mil via caixa dois, segundo delação de executivo da Odebrecht
O ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou o envio para a Justiça Federal de São Paulo da delação de um ex-executivo da Odebrecht contra a ex-prefeita de Sumaré, Cristina Carrara (PSDB), e o ex-deputado estadual Francisco de Assis Pereira de Campos, o Professor Tito (PT). Agora, os dois poderão ser investigados pelo Ministério Público Federal.
A decisão sobre os políticos faz parte dos pedidos feitos pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, no contexto das colaborações premiadas de ex-executivos da Odebrecht.
Quando houve a divulgação dos nomes da planilha, Cristina e Tito negaram ter recebido repasses de maneira irregular
Segundo um ex-executivo da empreiteira, Cristina e Tito receberam repasses não contabilizados, o chamado caixa dois, de respectivamente, R$ 600 mil e R$ 300 mil, para as campanhas de 2012 – eleições municipais – e 2014 quando houve a disputa do petista a deputado.
Cristina e Tito já haviam sido mencionados em uma lista de supostos beneficiários da Odebrecht nas eleições de 2012. No documento, apreendido pela Polícia Federal em fevereiro do ano passado, na casa do executivo e delator Benedicto Barbosa da Silva Junior, era apontado repasse de R$ 400 mil para Cristina e R$ 300 mil para Tito durante as eleições de 2012. Além dos nomes de ambos e o nome de Sumaré, a planilha ainda trazia o codinome de ambos a público. Cristina é a “Coroa” e Tito é o “Presidente”.
Em nota, a ex-prefeita negou irregularidades. “Recebi com tranquilidade a decisão do STF de encaminhar para a Justiça Federal a petição que cita meu nome. Até agora, não houve qualquer decisão sobre os fatos”, disse Cristina. “Reitero que os recursos recebidos pela minha campanha foram contabilizados na forma da lei”.
A alegação de Tito foi semelhante. “O que posso garantir é que, da Odebrecht, na minha campanha de 2014, sequer veio um centavo. Apareceu meu nome na planilha mas eu não tinha conhecimento disso nem autorizado alguém a fazer em meu nome”. O petista também negou ter sido beneficiado nas eleições de 2012, quando concorreu a prefeito. “Não recebi, tenho plena consciência”. fonte: O Liberal
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