segunda-feira, 29 de abril de 2019

Doria articula apoio de Bolsonaro para o trem

O projeto de um trem de passageiros para interligar São Paulo à cidade, passando por Jundiaí e Campinas, tem o apoio do presidente

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), garantiu ontem ter a parceria do Governo Federal para a implantação do chamado Trem Intercidades até Americana. O projeto de um trem de passageiros para interligar São Paulo à cidade, passando por Jundiaí e Campinas, tem o apoio do presidente Jair Bolsonaro (PSL), segundo confirmou ontem o governador ao deputado federal Vanderlei Macris (PSDB).

Um dos principais articuladores do projeto junto do Governo do Estado na região, Macris e seu filho, o deputado estadual Cauê Macris (PSDB), que é presidente da Assembleia Legislativa, foram recebidos ontem pelo governador e discutiram o assunto em reunião em São Paulo. Doria não comentou publicamente. Segundo Vanderlei Macris, o governador recebeu diretamente do presidente Bolsonaro a confirmação de que o Governo Federal tem interesse na parceria para tirar o projeto do papel.

O deputado federal avaliou positivamente o encontro com o governador ontem. “O João Doria afirmou que a proposta do trem está bem avançada, e que ele tratou diretamente com o presidente Bolsonaro, que reafirmou a parceria”, afirmou Macris, ao término do encontro ontem. “Está faltando a Rumo (concessionária da malha ferroviária) assinar com a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) um documento de concordância com o compartilhamento (da linha férrea para o trem de passageiros). Deve acontecer nas próximas semanas”, estimou Macris.

O trem de passageiros é um projeto anunciado desde 2012 e foi encampado por Doria, que já prometeu tirá-lo do papel. Em janeiro, o governador esteve em Davos, na Suíça, apresentando a proposta de investimento a empresários presentes ao Fórum Econômico Mundial. O trem de passageiros deve receber investimentos públicos e privados estimados em R$ 5,4 bilhões (US$ 1,4 bilhão).

A principal dificuldade na implantação do trem está no trecho entre Campinas e Americana. A malha ferroviária está concedida à Rumo Logística, que defende a exclusividade do trecho diante do fluxo intenso no transporte de cargas. Para a ANTT, no entanto, o ideal seria o compartilhamento da infraestrutura atualmente concedida à empresa também para o trem de passageiros.

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No início de abril, em audiência em Brasília (DF), o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, disse que o Governo Federal “vai impor a implantação do Trem Intercidades” na articulação do projeto com a concessionária Rumo. Doria, por sua vez, disse que “a Rumo vai ter que tomar o rumo e vai seguir a mesma linha do governo”.

Desde o início do ano, a Rumo defende que em trechos de grande densidade de cargas, o compartilhamento da linha para cargas e passageiros se torna “inviável”. Nesses casos, a concessionária defende que o mais adequado seria a construção de uma via exclusiva para passageiros, que ficaria a cargo do Estado ou do futuro operador do trem de passageiros.

O Grupo CCR (que administra concessões de rodovias) já manifestou interesse em entrar na disputa pela operação do futuro trem de passageiros. A Rumo assinou um termo de compromisso com o governo do Estado para utilização da malha entre Jundiaí e Campinas, que tem maior vocação para o transporte de passageiros, onde há, segundo a empresa, pequeno tráfego de cargas.

Fonte: Todo Dia
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domingo, 28 de abril de 2019

Incorporação de remédio para tratamento de AME é festejada

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Morador de Sumaré, Jelres de Freitas assumiu protagonismo na luta por medicamento para tratar a Atrofia Medular Espinhal

Em 180 dias, o SUS (Sistema Único de Saúde) vai passar a fornecer o medicamento Spinraza, usado no tratamento da doença rara AME (Atrofia Medular Espinhal). O anúncio foi feito pelo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, durante audiência no Senado Federal na quarta-feira.
A notícia foi comemorada por Jelres Rodrigues de Freitas, de 24 anos, morador do Parque Itália, em Sumaré. Além de portador da doença, ele também assumiu papel na luta nacional pela incorporação do remédio desde 2017.

Ele chegou a viajar até Brasília para conversar com deputados, senadores e com o então ministro da Saúde, Ricardo Barros, com o objetivo de sensibilizá-los para a necessidade de incorporação do Spinraza. Morador de Sumaré, Jelres de Freitas assumiu protagonismo na luta por medicamento para tratar a Atrofia Medular Espinhal

Na quinta-feira, ele ainda estava no Congresso Nacional acompanhando as reuniões após a assinatura da portaria que garantiu a incorporação. “É uma conquista para toda a comunidade AME e também para toda a comunidade de doenças raras”, comemorou, em conversa com a reportagem.

O remédio tem eficácia comprovada cientificamente para as pessoas que vivem com a AME tipo 1, e o SUS vai fornecer o medicamento para todos os pacientes com essa variação da doença. Quem possui os tipos 2 e 3, cuja eficácia não ocorre em todos os casos, terão acesso por meio de uma nova modalidade que está sendo inaugurada com o Spinraza.

Nesses casos, o fornecimento será feito por meio do compartilhamento de risco. O governo federal firmou um acordo com a empresa farmacêutica fornecedora e vai pagar pelo medicamento nos casos em que houver melhora da saúde do paciente. Caso isso não seja comprovado, o dinheiro será devolvido ao Ministério da Saúde.

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Contudo, Freitas criticou restrições no fornecimento de pacientes que estão com ventilação mecânica. “Não há embasamento científico para essa decisão, todos os países que adotaram o Spinraza fizeram sem restrição. Fica a sensação de dever cumprido parcialmente e a luta continua em prol dos demais que não tiveram acesso”, garantiu.

Segundo o Ministério da Saúde, o protocolo de como será o acesso ao medicamento ainda está sendo elaborado com base em estudos de caso, e justificou que sua eficácia em algumas situações não é comprovada. A pasta disse que “nem todos” que estão com ventilação mecânica ficarão sem o remédio.

O remédio já havia sido regularizado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Contudo, o alto preço das ampolas dificultava o acesso ao tratamento.

Segundo o Ministério da Saúde, 90 pacientes foram atendidos no ano passado a partir de demandas judiciais ao custo total de R$ 115,9 milhões. Cada paciente representou, em média, custo de R$ 1,3 milhão. Atualmente são 106 pacientes atendidos no país.

Fonte: O Liberal
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sexta-feira, 26 de abril de 2019

Aumento de casos de dengue lota prontos-socorros da RPT

Aumento de casos de dengue lota prontos-socorros da RPT
Segundo levantamento feito pelas prefeituras, o crescimento na procura foi de, no mínimo, 15%, podendo chegar a mais de 50%, dependendo da unidade

O aumento dos casos de dengue enfrentado pelas cidades da RPT (Região do Polo Têxtil) tem lotados os prontos-socorros da rede pública. Segundo levantamento feito pelas prefeituras, o crescimento na procura foi de, no mínimo, 15%, podendo chegar a mais de 50%, dependendo da unidade de saúde. Até o momento, são 1.566 casos confirmados da doença nas cinco cidades da região.

A UPA (Unidade Pronto Atendimento) Macarenko, em Sumaré, viu os atendimentos diários saltarem de 650 para mil, um crescimento percentual de 53%. Na UPA Matão, a média atualmente é de 500 atendimentos por dia, um crescimento de 29% em relação ao mês anterior, que registrou 387 pacientes por dia.

“Vale lembrar que, nesta unidade (UPA Matão) há uma quantidade expressiva de pacientes de outros municípios, que varia entre 20 e 30% de toda a demanda. Em março, 9.242 do total de pacientes atendidos eram de Sumaré e os demais (2.756), de outras cidades da região, principalmente Campinas, Paulínia e Hortolândia”, disse a prefeitura.

A Secretaria de Saúde de Santa Bárbara d’Oeste disse que nos últimos dias houve aumento de cerca de 50% na procura por atendimento no Pronto Socorro Afonso Ramos. Assim como Sumaré, a pasta barbarense relaciona o aumento aos casos suspeitos de dengue e às pessoas de moram em outras cidades e buscam atendimento no município. Procura por atendimento no PS Afonso Ramos, em Santa Bárbara, cresceu 50% nos últimos dias, aponta prefeitura

Americana calcula um aumento de 30% na procura por atendimentos no Hospital Municipal e no Pronto Atendimento do Antonio Zanaga. Além dos casos de dengue, o município também relaciona esse crescimento aos pacientes que migraram para o SUS e ao período de sazonalidade.

A Prefeitura de Hortolândia disse que não foi possível quantificar o volume de atendimentos relacionados à dengue, mas reconheceu que notou um aumento na procura pelos serviços de saúde de emergência nos últimos dias.

“Isso se deve aos casos suspeitos de Dengue, cujas notificações ultrapassaram 700 registros nesta semana, além de problemas respiratórios, que normalmente se agravam neste período de transição entre verão e outono”, finalizou.

DEMORA. Secretário de Saúde de Nova Odessa, Vanderlei Cocato disse que os atendimentos diários no hospital municipal da cidade saltaram de 300 para 350 nos últimos dois meses. Por conta disso, o tempo de espera para atendimento também aumentou, passando de 40 a 50 minutos para duas horas.

“Temos as UBSs que nos ajudam, colhem a sorologia, e que a população procure também a unidade básica de saúde, que conta com médico e enfermagem. No hospital infelizmente há demora no atendimento, há acúmulo muito grande”, indicou o secretário. AMERICANA

Pacientes em Santa Bárbara reclamam de espera

“A triagem me levou quase duas horas. Fui até reclamar se não tinha algo errado e ela falou que não, ainda tinha mais 14 na minha frente”, reclamou o paciente Marcelo de Moraes, que chegou no Pronto-Socorro Afonso Ramos, em Santa Bárbara d’Oeste, às 9h35 de terça-feira por conta de uma gripe e saiu somente às 16 horas.

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A operadora de máquinas Elisangela Graciane, que está com pneumonia, deu entrada às 9 horas e foi consultada às 15h20. “Um minuto de consulta e tudo isso de espera”, reclamou.

Com suspeita de dengue, o operador de tinta Mateus Gustavo de Moura esperou das 8 horas até 15h30 na segunda-feira para ser atendido. “Voltei (na terça-feira) porque não melhorou e vim pedir um exame de sangue, é a quarta vez que venho e eles não sabem o que eu tenho”, reclamou o paciente.

“A Secretaria de Saúde informa que o atendimento no PS Afonso Ramos é realizado por quatro médicos, como de costume, e transcorre normalmente. Ocasionalmente pode ocorrer morosidade no atendimento em alguns períodos causada, por exemplo, por pacientes graves que requerem a atenção de mais de um médico e pelos casos de suspeita de dengue”, justificou a prefeitura.

COMO PREVENIR


Fonte: O Liberal

Vamos prevenir e eliminar o foco do mosquito, Dengue pode matar

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terça-feira, 16 de abril de 2019

Liminar em Favor da Vl. Soma é cassada

Foto Arquivo
Liminar que impedia despejo da Vila Soma, no interior de SP, é cassada no STF
Ministra Cármen Lúcia derruba decisão que mantinha uma das maiores ocupações irregulares do Estado, em Sumaré, com quase 10 mil moradores

A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), cassou nesta segunda-feira, 15, a liminar que impedia a reintegração de posse da área da Vila Soma, uma das maiores ocupações habitacionais irregulares do Estado de São Paulo, no município de Sumaré, a 120 quilômetros da capital. 

Com mais de 30 ruas num terreno de cerca de 1 milhão de m², a área virou um bairro popular que abriga quase 10 mil pessoas ligadas ao Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST). A ação cautelar (AC 4085) trata da ordem de reintegração de posse que foi suspensa por decisão do ministro Ricardo Lewandowski, de janeiro de 2016.

A invasão da área ocorreu em junho de 2012. Os terrenos, avaliados em R$ 100 milhões, estavam destinados ao pagamento judicial de 200 credores com dívidas trabalhistas, tributárias e outros serviços da massa falida das empresas Melhoramentos Agrícolas Vifer e Soma Equipamentos Industriais, que quebraram em 1990, com falência desde 2008.

Com urbanização precária no local, a Vila Soma tem extensão semelhante à do bairro Heliópolis, na capital, e fica ao lado do centro de Sumaré. Fontes ligadas ao processo afirmam que a liminar cassada dava efeito suspensivo a um recurso extraordinário. 

Como o recurso não foi admitido e não houve "agravo" no processo, a ação cautelar não existe mais. Sem a garantia da liminar no STF, a operação para a reintegração de posse da área não tem prazo e pode, em tese, ocorrer a qualquer momento.

No início da noite desta segunda, a Prefeitura de Sumaré informou que ainda não havia sido comunicada oficialmente da decisão do STF. Uma nota diz que há "tratativas" com a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo (CDHU) e Cohab de Campinas para tentar uma solução "consensual" do caso.

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O secretário de Habitação de São Paulo, Flávio Amary, confirmou que há contatos avançados com o prefeito de Sumaré, Luiz Dalben, em busca de uma solução para a questão habitacional no município. Fontes do município temem que uma desocupação forçada da área possa provocar confronto com os moradores, a exemplo do conflito ocorrido no bairro Pinheirinho, em São José dos Campos, em janeiro de 2012. Procurados, representantes do MTST não retornaram.

"Recebemos a informação nesta tarde com alguma surpresa porque estamos com as negociações avançadas, contando inclusive com muito empenho da Prefeitura de Sumaré. Sendo assim, esclarecemos que as tratativas para a resolução consensual do caso em questão estão avançadas, conforme já foi amplamente noticiado pela imprensa nas últimas semanas, inclusive com a participação de órgãos especializados como a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo (CDHU) e a Companhia de Habitação Popular de Campinas (Cohab)", explicou o vereador Willian Souza.

Fonte: Site Terra
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segunda-feira, 15 de abril de 2019

CCR de olho no Trem Intercidades

O ministro avalia que o projeto tem relevância econômica, o que o "torna amplamente viável"

Concessionária demonstra interesse no projeto que interligará Americana a São Paulo, passando por Campinas 

Uma das maiores empresas de concessão de infraestrutura da América Latina, o Grupo CCR (que atua principalmente nos segmentos de concessão de aeroportos e serviços de rodovias no Brasil, entre eles o sistema Anhanguera-Bandeirantes) está de olho na concessão do Trem Intercidades, projeto que prevê interligar São Paulo a Americana, passando por Jundiaí e Campinas.

O trem de passageiros deve receber investimentos públicos e privados estimados em R$ 5,4 bilhões (US$ 1,4 bilhão).
O interesse da CCR foi manifestado na última semana pelo presidente do grupo, Leonardo Vianna, durante a 14ª edição do “CCR Day”, que teve a participação do governador de São Paulo, João Doria (PSDB) – que vem discutindo o projeto.

Vianna destacou que “está na hora” de a empresa buscar novas frentes de negócio. Doria incluiu no pacote de privatizações do Governo do Estado o projeto do trem de passageiros, apresentado a investidores no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, no fim de janeiro. O plano de privatizações do governo contempla desde aeroportos até novos trechos de rodovias e estradas férreas estaduais.

A concessionária de infraestrutura presidida por Vianna tem experiência no setor de transporte de passageiros, por meio das concessionárias ViaQuatro, ViaMobilidade, CCR Barcas e CCR Metrô Bahia, responsáveis, respectivamente, pela operação da Linha 4-Amarela de metrô de São Paulo, Linha 5 – Lilás de metrô e Linha 17 – Ouro de monotrilho de São Paulo, pelo transporte aquaviário de passageiros no Rio de Janeiro e pelo sistema metroviário de Salvador e Lauro de Freitas (BA).

Questionada sobre o interesse em investir no projeto regional, a concessionária informou, em nota, que está sempre em busca de novas oportunidades de negócio capazes de gerar valor à companhia. Sobre o Trem Intercidades, a companhia esclareceu que pretende analisar as informações disponíveis até o momento sobre o projeto para verificar sua viabilidade econômico-financeira.

PASSAGEIROS

O Trem Intercidades é um projeto anunciado desde 2012 pelo então governador do Estado, Geraldo Alckmin (PSDB), que foi encampado pela gestão de Doria (PSDB) – que promete tirar o projeto do papel. O trem de passageiros teria um trajeto de 137 quilômetros, utilizando 83 km da malha viária hoje concedida à Rumo Logística, e 54 km à MRS Logística.

A Rumo já assinou um Termo de Compromisso com o Governo do Estado sobre a utilização do trecho entre Jundiaí e Campinas. Segundo a empresa, este trecho tem maior vocação para o transporte de passageiros, por ser contíguo ao trecho da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e ter maior contingente populacional, além de apresentar pequeno tráfego de cargas, o que permitiria o compartilhamento.

O impasse está no trecho que chegaria a Americana, onde o fluxo de cargas é alto, segundo a Rumo. “Em trechos de grande densidade de cargas, o compartilhamento se torna inviável. Nesses casos, o mais adequado seria a construção de via exclusiva para passageiros, que ficaria a cargo do Estado ou do futuro operador do trem de passageiros”, informou.

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, disse que o Governo Federal “vai impor a implantação do Trem Intercidades” na articulação do projeto com a concessionária, segundo o deputado federal Vanderlei Macris, do PSDB de Americana, que discute o assunto na Comissão de Viação e Transportes da Câmara.

O ministro avalia que o projeto tem relevância econômica, o que o “torna amplamente viável”. Na última quarta-feira, o ministro esteve com Doria para discutir o projeto, que deve ter a licitação publicada ainda este ano. Para eles, o trem representa uma “quebra de paradigma” no setor.

Fonte: Jornal Todo Dia
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sábado, 13 de abril de 2019

Sardelli ganha cargo na Assembleia

Sardelli é nomeado e assume como assessor na Assembleia. Nomeação foi pedida pela liderança do PV, partido do qual Sardelli é filiado, mas ele também fará interlocução com o PR

O ex-deputado estadual Chico Sardelli (PV), de Americana, vai permanecer na Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo), apesar de não ter sido reeleito. Ele foi nomeado nesta quinta-feira para o cargo de assessor especial parlamentar. O salário bruto para o posto, segundo o a assessoria de imprensa da casa, é de R$ 15,5 mil.

A nomeação foi pedida pela liderança do PV, partido do qual Sardelli é filiado, mas ele também fará interlocução com o PR, sigla do ex-prefeito de Sumaré e recém-empossado deputado estadual, Antonio Dirceu Dalben. O único deputado eleito pelo PV para a atual legislatura foi Reinaldo Alguz, de Tupã, colega de bancada do americanense na última legislatura.

“Vou trabalhar na liderança do PV e numa ajuda aos deputados do PR, que me pediram apoio pela experiência. É uma oportunidade para eu manter os contatos com o governo para conseguir verbas para Americana e toda a nossa região”, disse Sardelli.

O ex-deputado estava na Alesp desde 2007 e exerceu três mandados, chegando a ocupar o posto de vice-presidente da Casa.

Em 2018, no entanto, ele recebeu 56,9 mil votos nas eleições de 2018, quase 20 mil a menos do que no pleito de 2014 e ficou como suplente na coligação formada por PSB, PV, PSC, PPS e PTB. O bloco elegeu 11 deputados estaduais.

As chances de conseguir uma cadeira, no entanto, eram remotas porque as siglas apoiaram a candidatura de Márcio França (PSB), vice-governador eleito ao lado de Geraldo Alckmin (PSDB), em 2014. No ano passado, França assumiu como governador já que Alckmin foi para a disputa presidencial.

Com intensa participação de Sardelli na campanha, França chegou ao segundo turno da disputa para o governo do Estado, mas acabou derrotado por João Dória (PSDB), o que limitou a possibilidade de deputados do grupo serem nomeados para cargos no Palácio dos Bandeirantes e com isso abrir vagas para Sardelli.

Fonte: o Liberal

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sexta-feira, 12 de abril de 2019

100 Dias de Governo

"Bolsonaro anunciou nesta quinta-feira (11), em comemoração aos 100 dias de governo completados no dia anterior, um grande pacote de medidas nas mais diversas áreas. Na área social, talvez a que cause maior surpresa – por vir de um presidente que está defendendo políticas liberais – seja o anúncio do pagamento de 13.º salário para os beneficiários do Bolsa Família. 

O programa foi um dos principais sucessos dos governos petistas e era utilizado fortemente em períodos eleitorais como política distintiva do Partido dos Trabalhadores. Bolsonaro não apenas não encerrou o programa como decidiu aumentar o valor do benefício. Como a visão liberal tende a indicar uma retração em programas sociais (alguns teóricos do liberalismo econômico inclusive advogam que o Estado deveria deixar de empregá-los), a decisão de Bolsonaro de estender o Bolsa Família nos leva a pergunta: qual o papel do Estado na redução da miséria em uma economia liberal e como ele pode ou deve fazer isso?

Existe uma frase atribuída ao ex-presidente americano Ronald Reagan que diz “acredito que o melhor programa social é um emprego”. É difícil não concordar substancialmente com essa afirmação. Somente as pessoas, em sua individualidade, e portanto tendo características e histórias únicas, podem saber o que é mais apropriado para si e em quais campos elas podem empreender suas habilidades, tirando disso um benefício para si (em forma de ganhos financeiros, sociais, mas também em desenvolvimento pessoal e humano) e para os demais (em forma de produtos e serviços, bem como em ações sociais e associativismo). Esse é um dos principais motivos pelos quais as tentativas centralizantes de resolver os problemas econômicos tendem ao fracasso. Um governo central simplesmente não é capaz de equacionar todos os elementos que estão em jogo na sociedade para que a economia em sentido amplo funcione bem.

O Estado tem o importante papel de fomentar e criar condições de trabalho aos cidadãos, às associações e empresas

É por isso que os liberais afirmam que o livre mercado favorece o crescimento econômico. Mas não só. É somente em uma sociedade menos burocrática e centralizada que o ser humano pode se realizar, crescer e desenvolver suas potencialidades, inclusive mediante o enfrentamento dos desafios e das dificuldades.

Isso nos leva a conclusão de que é muito mais vantajoso para uma sociedade que os problemas sejam resolvidos no âmbito mais particular possível, ampliando em círculos concêntricos o número de pessoas envolvidas, na medida em que os problemas vão se tornando mais complexos. Esse é o princípio da subsidiariedade, pelo qual o Estado deve, ou ao menos deveria, se pautar. 

Portanto, a tarefa de gerar empregos (levando em conta que este seja o principal programa social), pela sua própria natureza, cabe primordialmente aos entes privados. É claro que, por ser o ente ordenador da sociedade, o Estado tem o importante papel de fomentar e criar condições de trabalho aos cidadãos, às associações e empresas, para que eles possam alcançar suas finalidades. E é só em caso de fracasso destas que o Estado deveria intervir diretamente.

A expectativa de que o Estado deve ser o principal ator a resolver todos os problemas da sociedade é uma questão cultural que permeia longos períodos de nossa história. Existe uma certa tendência em nós, brasileiros, de achar que todos os problemas devem ser resolvidos “de cima para baixo”. Isso acaba resultando em que as potencialidades individuais e as de associações menores, mais orgânicas, acabem sendo sufocadas, seja pela sanha do Estado em resolver o que não é da sua alçada, seja pela inação dos indivíduos que poderiam dar uma parcela de contribuição para solucionar alguma adversidade. Essa disfunção só pode ser resolvida com uma tomada de consciência cívica e uma educação para a autonomia, bem como o estímulo e o incentivo à criação de associações. 

Mas os problemas das pessoas em estado de vulnerabilidade não podem esperar tanto. Os cidadãos miseráveis, que dedicam suas vidas a lutar pela sobrevivência, não têm muitas vezes condições de conseguir os meios mínimos de sair da sua situação, esta que praticamente os impede de participar da sociedade em um nível mais amplo. 

Isso nos devolve a nossa pergunta: é possível a criação estatal de um programa como o Bolsa Família – que dá uma pequena renda a pessoas de extrema vulnerabilidade social?

Em casos como esses, é preciso restaurar a dignidade dessas pessoas. O Estado tem condições e facilidade em alcançar lugares que por si a sociedade não conseguiria, e programas bem estruturados como o Bolsa Família podem ser ferramentas importantes para resolver questões bastante sensíveis a quem está desamparado. 

Curso de Bolo no Pote
O Estado pode e deve criar programas que beneficiam os indivíduos em situação precária, sobretudo quando a sociedade é incapaz de solucionar por si a questão. Não há verdadeira oposição entre economia de mercado e ajuda estatal a quem necessita, desde que esteja ancorada no princípio de subsidiariedade.

Enquanto não conseguirmos como sociedade resolver as mazelas sociais e econômicas brasileiras, Bolsonaro, e qualquer presidente que porventura apareça, faz bem em manter e ampliar o Bolsa Família."

Fonte: Site gazetadopovo.com.br

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terça-feira, 2 de abril de 2019

Água é saúde, que água você está bebendo?

 Estudos sugerem que a água alcalina traz benefícios para a saúde. A água é a base da vida em nosso planeta e está presente em quase todos os elementos que conhecemos. Em nosso organismo não é diferente, somos formados por 70% de água, 20% matéria orgânica e 10% de minerais. Por isso, há anos a comunidade científica tenta compreender como a composição da água pode influenciar a nossa saúde.

De fato, se pararmos para pensar, alguns dos minerais mais importantes para o nosso organismo são obtidos através do consumo da água como, por exemplo, o magnésio, o cálcio e o potássio. No entanto, a água também pode ser uma fonte de toxinas e metais pesados que podem interferir na nossa saúde. A água encanada, por exemplo, possui altas quantidades de cloro para eliminar bactérias e pode estar contaminadas com metais pesados.

Mas o que é a água alcalina e qual a importância do pH?

A água alcalina possui um pH superior a 7,5, idealmente entre 8 e 10 sendo superior ao pH do corpo humano que é de 7,5. Ela deve possuir também baixo teor de cloro, de flúor e não possuir metais pesados. O pH é algo muito importante para nosso organismo, em uma infecção grave, por exemplo, fatores inflamatórios e toxinas estão elevados no sangue, o pH sanguíneo então diminui (menor do que 7,35). Nesses casos ocorre diminuição do bicarbonato abaixo de 22 meq/l e inicia-se assim a acidose metabólica.

Qual a diferença da água alcalina para a água mineral de garrafa?

Para se ter uma ideia a maioria das águas minerais vendidas possuem um pH menor do que 7,5, ou seja, são mais ácidas do que o nosso sangue. Além disso, existe a adição do flúor e a contaminação pelo Bisfenol A (toxina presente no plástico). Uma boa dica é sempre verificar o rótulo das águas minerais e ver o pH da água que você está comprando.

Existem estudos científicos que comprovem benefícios da água alcalina?

Longevidade

Estudo publicado em maio de 2016 feito com 150 camundongos mostrou em um segmento de três anos uma maior sobrevida do grupo que recebeu água alcalina ao invés de água encanada. Os pesquisadores ainda citam que a água alcalina atua como "fator de desaceleração do envelhecimento". Apesar do estudo ser muito interessante ainda não se pode afirmar que o consumo de água alcalina por seres humanos possa aumentar ou prolongar a vida. 

Doença do refluxo gastroesofágico

A enzima pepsina é fundamental para o mecanismo fisiopatológico da doença do refluxo e ela responde ao pH do estômago. A pepsina é estável ao pH de 7,4 e pode ser ativada pela elevação dos ions de hidrogênio. Um estudo muito interessante publicado em 2012 mostra que o pH da água alcalina a 8,8 desnatura instantaneamente a pepsina, tornando-a permanentemente inativa.

Os pesquisadores concluem que a água alcalina tem boa capacidade de desativar a pepsina. Assim, o consumo de água alcalina pode trazer benefícios terapêuticos para pacientes com doença de refluxo em associação com tratamento médico adequado.

Doenças cardiovasculares

A relação da água alcalina com doenças cardiovasculares é estudada desde a década de 80, podemos citar dois estudos de "Eisenberg et al. (1986 e 1986)" que demonstram íntima relação da deficiência de magnésio com arritmias cardíacas e a ocorrência de morte súbita cardíaca. Estudos mais recentes também mostram que a água alcalina parece diminuir a pressão arterial devido a presença de altas quantidades de magnésio. 

É o que mostra o estudo "Barbagallo et al. (2010)", onde indivíduos idosos com diabetes tiveram melhora da função endotelial e maior vasodilatação arterial com consumo da água alcalina. 

Outro estudo de "Rylander et al. (2004)" publicado no BMC Public Health Journalmostrou que pacientes com deficiências de magnésio e cálcio tiveram melhora da pressão arterial sistêmica após tratamento com água alcalina. Ainda, uma recente meta-analise de "Larsson et al. (2012)" publicado no American Journal of Clinical Nutrition mostrou que o consumo regular de magnésio foi inversamente proporcional a ocorrência do acidente vascular cerebral (AVC). Nesse estudo com mais de 200 mil indivíduos mostrou que o consumo de magnésio (mais abundante na água alcalina) está associado com uma redução de 8% do risco total de ter um AVC.

Osteoporose

Existe uma grande relação do pH ácido com a osteoporose. Os nosso metabolismo ósseo é extremamente sensível as alterações de pH sanguíneo. Dessa forma, quanto mais ácido é o pH maior a reabsorção óssea como mostra os estudos de "Burckhartd et al. (2009)" onde o consumo de água alcalina parece diminuir os níveis de PTH (hormônio responsável por elevar a reabsorção óssea). Ainda, o estudo de "Buclin et al. (2001)" revelou que uma dieta rica em alimentos ácidos aumenta e excreção de cálcio pela urina proveniente da reabsorção óssea. 

Como eu avalio a qualidade de uma água alcalina?

Ela precisa ser

Inodora, incolor, insípida, ter PH entre 8 a 10, ter uma boa combinação de minerais como cálcio, magnésio e potássio, ter alta condutividade elétrica e alto poder de hidratação, ou seja, ter baixa tensão de superfície.

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Como eu consigo a água alcalina?

Atualmente no Brasil estão disponíveis no mercado algumas águas minerais alcalinas. Uma boa dica é sempre ler o rótulo da água e dar preferência as com pH acima de 7,5. Além disso, existem filtros específicos que transformam a água da torneira em água alcalina através de uma série de filtros específicos.

Lembre-se que a sua saúde e da sua família dependem de você! Seja consciente nas suas escolhas, veja os rótulos dos produtos no mercado, pesquise quais os melhores produtos e quais são os mais saudáveis. Por isso, questione sempre e traga equilíbrio para a sua vida. 

GUILHERME RENKE
Médico pela Universidade Estácio de Sá, com pós-graduação em Cardiologia pelo Instituto Nacional de Cardiologia INCL RJ e Endocrinologia pela IPEMED. Membro da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte, Membro do American College of Sports Medicine, Membro da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), Membro do Departamento de Ergometria e Reabilitação da SBC.

Fonte: Globoesporte.com / EuAtleta.com 

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