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Foto: Claudeci Junior - Jornal Todo Dia |
Eleito com 42,97% dos votos, o futuro prefeito de Sumaré, Luiz Dalben (PPS), pretende reduzir a tarifa mínima de consumo d'água de 10m³ para 5m³ assim que assumir a prefeitura. Depois, a intenção é que a cobrança seja feita por consumo. Para isso, o político quer revogar a concessão da Odebrecht Ambiental, que é a concessionária responsável pelo serviço na cidade.
"A nossa ideia é fazer a cobrança de acordo com o consumo. Se consumiu um 1m³, paga um. Se consumiu dois, paga dois. Só que como pode demorar um pouco, pois envolve análise técnica e outros detalhes, já que entrarmos na prefeitura a intenção é reduzir a tarifa mínima de 10m³ para 5m³", explicou Dalben. No ano passado, a tarifa de consumo mínima de 5m³ (R$ 8,85) foi extinta, vigorando apenas a de 10m³ (R$ 17,70 na época). A decisão gerou reclamações na cidade e chegou a ser alvo de uma CEI (Comissão Especial de Inquérito) na Câmara de Sumaré, cuja conclusão foi encaminhada para análise do MPE (Ministério Público Estadual).
Em fevereiro deste ano houve reajuste no valor do metro cúbico (mil litros), que passou a custar R$ 1,94, sendo que a tarifa mínima de 10m³ sai por R$ 19,40. Na época, a Odebrecht afirmava que a mudança na tarifa já estava prevista pela prefeitura no edital. "A criação de faixas de consumo dos serviços, e com ela a mudança da tarifa mínima de 5m³ para 10m³, estava prevista no edital de licitação elaborado em 2014", justificou em julho do ano passado.
"Nós vamos rever isso sim, não é nem questão do valor, mas sim da cobrança como é feita. A pessoa paga por 10m³ de qualquer jeito, mesmo se não utilizar. É uma injustiça com a população", afirmou Dalben.
O rompimento do político com a atual prefeita da cidade, Cristina Carrara (PSDB), se deu 93 dias após o início da gestão, em 2013. Ele era o vice-prefeito e atuava como presidente do DAE Departamento de Água e Esgoto), que foi fechado para que a Odebrecht assumisse o serviço.
"A prefeita rompeu a aliança política comigo, com o PPS, com os partidos aliados, quando me exonerou do cargo de presidente do DAE (Departamento de Água e Esgoto) para começar a concessão do serviço de água", argumentou. Após a exoneração, o vice-prefeito não teve mais participação nas decisões do governo, segundo ele.
Desde que iniciou sua campanha este ano, Dalben afirmava que a primeira coisa que faria é revogar o contrato de concessão da Odebrecht. A intenção foi reforçada por ele após o resultado das urnas domingo.
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"Primeiro porque o serviço que eles prestam é péssimo, a falta de água é contínua, vem toda suja, como vemos relatado em redes sociais. (...) A empresa está com dificuldade financeira, não vai conseguir fazer frente aos compromissos e metas estipulados pela cidade. E é uma necessidade, porque a partir do momento que você consegue trazer para a municipalidade essa arrecadação, que era de R$ 54 milhões (ao ano) em 2013, você consegue fazer jus a folha de pagamento dos funcionários, dissídios, entre outros compromissos", afirmou. A Odebrecht Ambiental disse que não iria se posicionar.
Fonte: Jornal Todo Dia
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