quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

CPFL corta luz de Sumaré

Sumaré deixa de pagar conta e CPFL corta luz. Dívida está em R$ 1,7 milhão e se refere aos débitos de junho a novembro, de acordo com a administração municipal.

A CPFL Paulista cortou a energia de prédios públicos da Prefeitura de Sumaré nesta terça-feira por falta de pagamento das contas. Executivo e empresa não confirmaram quantos imóveis foram afetados, mas a reportagem do Grupo Liberal apurou que o número chega a 13, incluindo o Terminal Rodoviário. A dívida do município com a empresa atualmente é de R$ 1,7 milhão referentes às contas de junho a novembro, segundo a administração municipal, que enviou projeto de lei à câmara em novembro para pedir autorização para parcelar o valor. A matéria, no entanto, foi colocada na pauta da última sessão extraordinária da casa, marcada para a última quinta-feira e cancelada por falta de quórum.

Um funcionário da rodoviária, que preferiu não se identificar, relatou que as cabines das empresas e a parte comercial do local não foram afetadas, mas a iluminação da rodoviária foi cortada. “A hora que baixar o sol vai ficar no escuro e o povo irá sofrer muito. Tem que passar a Guarda Municipal aqui pelo menos”, afirmou. A reportagem questionou a prefeitura e a CPFL sobre quais seriam os outros endereços com a energia cortada, mas a informação não foi passada.

Prédio está sem luz e prefeitura nada informou sobre um acordo para pagar

De acordo com a municipalidade, com o débito acumulado o Executivo negociou com a CPFL, que ofereceu um parcelamento do valor em 24 vezes e “condições vantajosas de juros”, segundo a nota. O procedimento, no entanto, precisa de autorização dos vereadores para ser adotado.

NEGOCIAÇÃO: O projeto foi protocolado na câmara no dia 9 de novembro, mas não foi colocado em votação até a última quinta-feira, em sessão extraordinária que não ocorreu porque não havia número suficiente de vereadores presentes. Para votar a matéria era necessária a presença de 11 vereadores, mas só dez apareceram.

“Estamos neste momento tentando uma negociação com a CPFL para pagamento de parte do débito e, assim, restabelecer o serviço. Mesmo com o aceite da CPFL, se vier a ocorrer a negociação emergencial, certamente haverá prejuízo ao cronograma de pagamentos de outros compromissos – o que poderia ter sido evitado se a câmara tivesse aprovado nosso pedido”, escreveu a prefeitura em nota na tarde desta terça tentando justificar a inadimplência. A CPFL, por sua vez, informou em nota que a suspensão do fornecimento é o último estágio das ações de cobrança da empresa.

De acordo com o vereador Décio Marmirolli (PSB), ainda que a sessão tivesse ocorrido, dificilmente o projeto de parcelamento seria aprovado. Ele disse também que provavelmente pediria vistas. “A prefeitura arrecadou, até 31 de novembro, R$ 6,5 milhões de CIP (Contribuição de Iluminação Pública). Com todo esse volume de dinheiro não se justifica atrasar pagamento de CPFL. A população está pagando e gostaríamos de saber o que fizeram com o dinheiro”, questionou o parlamentar.
- Fonte: O Liberal

Estamos de Olho

Nenhum comentário:

Postar um comentário