sexta-feira, 21 de março de 2014

Problemas ainda persistem no UPA

Problemas de infraestrutura em UPA persistem

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Reportagem do LIBERAL teve acesso a imagens feitas por funcionários e que mostram situação da unidade. Fotos tiradas do espaço interno da UPA (Unidade de Pronto-Atendimento) do Jardim do Macarenko, em Sumaré, obtidas com exclusividade pelo LIBERAL, mostram que os problemas de infraestrutura na unidade de saúde continuam existindo e prejudicam o atendimento, segundo funcionários ouvidos pela reportagem.
Funcionários usam maca para fazer a limpeza do ar condicionado e fiação está exposta em uma das salas da UPA do Macarenko. Outros problemas, como a falta de segurança e de medicamentos, são frequentemente denunciados à prefeitura desde o ano passado, conforme revelam documentos aos quais a reportagem teve acesso.

No mês passado, o MPE (Ministério Público Estadual) abriu inquérito para investigar irregularidades na rede de saúde municipal. Entre as denúncias feitas pelo vereador Ulisses Gomes (PT) à Promotoria, está a falta de manutenção no sistema de refrigeração. Uma foto tirada em dezembro de 2013 mostra um funcionário da UPA usando uma cadeira, colocada sobre uma maca, para fazer a limpeza de um dos aparelhos de ar-condicionado da unidade. Em nota enviada no dia 10 deste mês, a prefeitura afirmou que o problema já estava resolvido, porém, os funcionários dizem que ele persiste.

Imagens da parte interna da UPA, tiradas entre fevereiro e março deste ano, também mostram remendos feitos com esparadrapo nos tubos do painel de gases (usado para ajudar pacientes a respirar), vazamentos em aparelhos de ar-condicionado, fiações elétricas expostas e equipamentos médicos improvisados pela própria equipe de enfermagem. Muitos dos problemas ocorrem nas salas Vermelha e Amarela, onde são tratados os pacientes em estado de emergência e em estado crítico, respectivamente.

Um relatório assinado por 18 enfermeiros e técnicos de enfermagem, protocolado na prefeitura no dia 1º de julho de 2013, três dias após uma profissional ser assaltada, aponta ainda problemas recorrentes relacionados à segurança na UPA. Na ocasião do assalto, segundo o relatório, a gerente da unidade, depois de contatada, teria dito que se ninguém tivesse ferido era para que os profissionais retornassem às suas atividades.

O relatório é assinado, inclusive, pela enfermeira Glaubia Costa, que denunciou os problemas da UPA recentemente em CEI (Comissão Especial de Inquérito) da Câmara. O documento rebate nota enviada pela Prefeitura no dia 12, informando que uma sindicância seria aberta para apurar as denúncias feitas pela enfermeira, no qual o Executivo afirmou que a profissional não havia formalizado nenhuma denúncia anteriormente.

Em entrevista ao LIBERAL anteontem, Glaubia afirmou que, embora a Guarda Municipal faça plantão na unidade, a segurança não é garantida, pois, segundo ela, os agentes dizem que protegem somente o patrimônio. Em relação à falta de medicamentos, a enfermeira diz que o problema já foi pior. "Hoje é mais pontual. Porém, volto a ressaltar, por conta da falta de látex, falta de nebulizadores, falta de umidificadores, a gente não tem como montar painéis (de gases) na sala vermelha, na pediatria, na sala amarela, o que prejudica o atendimento", critica. A Prefeitura foi procurada, mas não respondeu até a publicação desta reportagem. fonte: O Liberal

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