por dia
Poder Executivo gasta, em média, R$ 135,6 mil por mês com servidores que
ficam em casa; servidores dos setores Educação, Saúde e Administração lideram
os pedidos de afastamento.
Só este ano a prefeitura pagou R$
1,3 mi aos servidores que faltaram
Um relatório do setor de Medicina do Trabalho da
Prefeitura de Sumaré aponta que foram emitidos, em média, 47 atestados médicos
por dia para funcionários públicos municipais das áreas de Saúde, Educação e
Administração, de janeiro a outubro de 2013. Se a jornada de trabalho durasse o
dia inteiro, é como se duas pessoas entregassem o documento a cada hora.
Segundo o levantamento obtido pelo LIBERAL, os 14,3 mil atestados entregues à
prefeitura no período já superam a quantidade total do ano passado, quando
foram emitidos 13,4 mil atestados para funcionários públicos.
Só no setor de Saúde, que conta com 1.508 servidores, foram 6,1 mil atestados médicos ao longo dos 10 meses deste ano (média de quatro por funcionário), o que gerou 9,4 mil faltas com abono salarial aos trabalhadores - alguns documentos autorizavam ausência de mais de um dia. Na área de Educação, que tem 1.443 trabalhadores, foram entregues 4,9 mil documentos (três por servidor), ocasionando 7,9 mil dias perdidos.
A maior média de atestado por funcionário, entretanto, ficou com o setor de Administração, em que foram emitidos 11 documentos por servidor no período. Foram 3,2 mil atestados na área - que conta com 281 servidores - e 4,6 mil dias abonados.
De acordo com a prefeitura, a folha de pagamento dos funcionários da Saúde, Educação e Administração consome R$ 9,2 milhões do orçamento mensalmente, de forma que a média salarial dos funcionários das três pastas é de R$ 95,60 diários. Como foram entregues 47 atestados por dia no período, o Executivo pagou, de janeiro a outubro de 2013, R$ 1,3 milhão a servidores que não foram trabalhar - média de R$ 135,6 mil por mês.
CONTROLE. A prefeitura informou que o SESMT (Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho), órgão subordinado à Secretaria de Administração e Recursos Humanos, somente recebe os atestados e não os emite - eles são dados por médicos das redes saúde pública e privada. Segundo o Executivo, o controle do número de documentos entregues é feito por meio do acompanhamento de cada caso, bem como com a geração de estatísticas.
O secretário de Administração, Antonio Enes Junior, afirmou que o foco da atual gestão está em reduzir as faltas por motivos de saúde através de ações preventivas e de melhoria na qualidade de trabalho e de vida do servidor. "Estamos trabalhando para diminuir os números de atestados e afastamentos, através de várias ações de prevenção. Começamos este trabalho, efetivamente, este ano. O SESMT, por exemplo, só foi efetivamente implantado, de forma completa, em setembro deste ano", comentou o secretário.
O chefe da pasta garantiu ainda que o "absenteísmo" médio da prefeitura (contando todas as pastas e não somente as três do levantamento) está em torno de 1%. "O que é pouco para uma organização que possui mais de 4 mil servidores ativos. É até um bom número percentual, perfeitamente normal pelo tamanho da Prefeitura", disse.
Dito irá propor projeto para reduzir faltas
O vice-presidente da Câmara de Sumaré, Benedito Lustosa, o Dito (SDD), afirmou que irá apresentar um projeto de lei na Casa propondo uma compensação para os servidores que não faltarem no mês. Segundo Dito, a bonificação poderá ser através do pagamento de uma cesta básica ao funcionário ou então um bônus salarial.
"Eu pretendo fazer proposta dando um incentivo para essas pessoas que não faltam. Existem várias empresas que oferecem esse tipo de bonificação para o trabalhador. Não tem atestado, ganha. Faltou um dia, perdeu. A gente vai fazer esse projeto para incentivar a diminuição dos atestados", disse o vereador.
De acordo com ele, a preocupação surgiu, em primeiro lugar, ao ouvir a população reclamando da falta de professores nas escolas e enfermeiros nos postos de saúde. "Se duas ou três pessoas pegam atestados, a escola acaba ficando sem professor. Esse número absurdo da medicina de trabalho confirma o que eu imaginava", criticou.
Dito ressaltou que também pretende aumentar a fiscalização do Executivo. "A gente vai cobrar que o médico da medicina do trabalho realmente fiscalize os atestados entregues, para ver se tem atestado falso, se a pessoa realmente está doente. Nós queremos que tenha um acompanhamento mais detalhado dessa situação, para que possa diminuir o número de atestados", finalizou.
Só no setor de Saúde, que conta com 1.508 servidores, foram 6,1 mil atestados médicos ao longo dos 10 meses deste ano (média de quatro por funcionário), o que gerou 9,4 mil faltas com abono salarial aos trabalhadores - alguns documentos autorizavam ausência de mais de um dia. Na área de Educação, que tem 1.443 trabalhadores, foram entregues 4,9 mil documentos (três por servidor), ocasionando 7,9 mil dias perdidos.
A maior média de atestado por funcionário, entretanto, ficou com o setor de Administração, em que foram emitidos 11 documentos por servidor no período. Foram 3,2 mil atestados na área - que conta com 281 servidores - e 4,6 mil dias abonados.
De acordo com a prefeitura, a folha de pagamento dos funcionários da Saúde, Educação e Administração consome R$ 9,2 milhões do orçamento mensalmente, de forma que a média salarial dos funcionários das três pastas é de R$ 95,60 diários. Como foram entregues 47 atestados por dia no período, o Executivo pagou, de janeiro a outubro de 2013, R$ 1,3 milhão a servidores que não foram trabalhar - média de R$ 135,6 mil por mês.
CONTROLE. A prefeitura informou que o SESMT (Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho), órgão subordinado à Secretaria de Administração e Recursos Humanos, somente recebe os atestados e não os emite - eles são dados por médicos das redes saúde pública e privada. Segundo o Executivo, o controle do número de documentos entregues é feito por meio do acompanhamento de cada caso, bem como com a geração de estatísticas.
O secretário de Administração, Antonio Enes Junior, afirmou que o foco da atual gestão está em reduzir as faltas por motivos de saúde através de ações preventivas e de melhoria na qualidade de trabalho e de vida do servidor. "Estamos trabalhando para diminuir os números de atestados e afastamentos, através de várias ações de prevenção. Começamos este trabalho, efetivamente, este ano. O SESMT, por exemplo, só foi efetivamente implantado, de forma completa, em setembro deste ano", comentou o secretário.
O chefe da pasta garantiu ainda que o "absenteísmo" médio da prefeitura (contando todas as pastas e não somente as três do levantamento) está em torno de 1%. "O que é pouco para uma organização que possui mais de 4 mil servidores ativos. É até um bom número percentual, perfeitamente normal pelo tamanho da Prefeitura", disse.
Dito irá propor projeto para reduzir faltas
O vice-presidente da Câmara de Sumaré, Benedito Lustosa, o Dito (SDD), afirmou que irá apresentar um projeto de lei na Casa propondo uma compensação para os servidores que não faltarem no mês. Segundo Dito, a bonificação poderá ser através do pagamento de uma cesta básica ao funcionário ou então um bônus salarial.
"Eu pretendo fazer proposta dando um incentivo para essas pessoas que não faltam. Existem várias empresas que oferecem esse tipo de bonificação para o trabalhador. Não tem atestado, ganha. Faltou um dia, perdeu. A gente vai fazer esse projeto para incentivar a diminuição dos atestados", disse o vereador.
De acordo com ele, a preocupação surgiu, em primeiro lugar, ao ouvir a população reclamando da falta de professores nas escolas e enfermeiros nos postos de saúde. "Se duas ou três pessoas pegam atestados, a escola acaba ficando sem professor. Esse número absurdo da medicina de trabalho confirma o que eu imaginava", criticou.
Dito ressaltou que também pretende aumentar a fiscalização do Executivo. "A gente vai cobrar que o médico da medicina do trabalho realmente fiscalize os atestados entregues, para ver se tem atestado falso, se a pessoa realmente está doente. Nós queremos que tenha um acompanhamento mais detalhado dessa situação, para que possa diminuir o número de atestados", finalizou.
fonte: jornal o liberal
Estamos de Olho
Nenhum comentário:
Postar um comentário