Cristina retira R$ 4,68 mi da Saúde para pagar dívida
Dinheiro será remanejado pois o DAE passará por um processo de concessão; dinheiro vai garantir abastecimento na Área Cura e Matão.
A Câmara de Sumaré autorizou ontem que a prefeitura remaneje R$ 4,68 milhões - dos quais R$ 2,95 milhões são da área da Saúde - para o pagamento de uma dívida do DAE (Departamento de Água e Esgoto). O projeto de lei, elaborado pelo Executivo, gerou polêmica durante a sessão, já que a autarquia passará por um processo de concessão.
O dinheiro será utilizado para garantir o fornecimento de água nas regiões da Área Cura e Matão. Hoje, o abastecimento destas regiões é feito pela Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), por meio de convênio do DAE.
Segundo o vereador Benedito Lustosa (SDD), líder de governo da prefeita Cristina Carrara (PSDB) na Câmara, a Sabesp está ameaçando cortar a água para essas regiões, dentro de um mês, caso a dívida não seja quitada.
Votaram contra o remanejamento os vereadores Geraldo Medeiros (PT), Ulisses Gomes (PT), Marcos da Conceição, o professor Marquinho (PT), e Heliomar Geremias dos Anjos, o Mineirinho (PSC). A justificativa deles foi a retirada de R$ 2,95 milhões da Saúde. "Já são 2,1 mil casos de dengue na nossa cidade, pessoas morrendo, ambulâncias quebradas e não temos médicos. Retirar dinheiro da Saúde para assumir a dívida de uma autarquia que vai ser concedida é improbidade administrativa", disse Medeiros.
Lustosa afirmou que o dinheiro retirado é do setor de RH (Recursos Humanos) e seria utilizado para folha de pagamento dos funcionários. Com isso não haverá falta de investimentos na área. O vereador João Maioral (PDT) também discursou de forma favorável ao projeto. "Esse dinheiro é do RH e nada impede que seja suplementado depois. É questão de prioridade e hoje nossa prioridade é não deixar faltar água à população", disse.
Além da área da Saúde, a verba também foi retirada das áreas de Cultura, Esporte e Lazer, Meio Ambiente e Serviços Urbanos. Os valores seriam utilizados para a manutenção dos departamentos, aquisição de materiais de consumo e equipamentos.
Em meio a uma crise na saúde com o aumento nos casos de Dengue e pouca ação no combate ao mosquito, retirar dinheiro de uma área que não está caminhando bem não é uma das melhores soluções além disso a autarquia está passando por um processo de concessão ou seja logo não será mais da Prefeitura ou seja quem for comprar que arque com estes custos, pois em qualquer área quando se adquire um comércio as dividas e qualquer pendencia o novo administrador deverá arcar.
a divida será paga com dinheiro publico, sendo assim não deve haver processo de concessão, pelo menos enquanto este valor não volte para o lugar de onde foi retirado, com o DAE deixando de ser uma autarquia este dinheiro não irá voltar nunca, os mais beneficiados neste caso será a empresa que ganhar a concessão.
Estamos de Olho
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