sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Manifestantes bloqueiam rodovia

Cerca de 35 pessoas são detidas durante manifestação em Sumaré
Os envolvidos foram conduzidos para o 2º Distrito Policial, localizado no Jardim São Domingos, onde foram liberados após o registro da ocorrência.

Uma manifestação contra o governo de Michel Temer (PMDB) bloqueou a Rodovia Anhangüera, em Sumaré, na manhã desta sexta-feira e 35 pessoas foram detidas pela PM (Polícia Militar). O protesto começou por volta das 6h40 na altura do quilômetro 114, na região do bairro Nova Veneza, e a via foi liberada às 7h25. Os envolvidos no ato foram conduzidos para o 2º Distrito Policial, localizado no Jardim São Domingos, onde foram liberados após o registro de um boletim de ocorrência.

Os manifestantes colocaram pneus na rodovia e atearam fogo, bloqueando os dois sentidos da via, assim como as marginais. De acordo com a Autoban, concessionária que administra o Sistema Anhangüera-Bandeirantes, a ação provocou um congestionamento de cinco quilômetros no local. Um dos acessos ao município sumareense também foi bloqueado.

O movimento foi organizado por participantes de comitês de luta de moradias populares de Sumaré, sendo a maioria residente na Vila Soma. O grupo é contrário à PEC 241/55, que prevê o congelamento dos investimentos públicos em todas as áreas pelos próximos 20 anos, e a reforma da Previdência Social. Entidades sindicais e movimentos populares também realizam protestos em todo o País. Em Campinas, um grupo também bloqueio o km 96 da Rodovia Anhangüera, sentido capital.

“A manifestação que aconteceu em Sumaré faz parte das organizações realizadas em todo o Brasil. Elas são organizadas pela Frente Povo Sem Medo e Brasil Popular, que são contra governo Temer e a reformas do ensino médio, que é medida provisória 746, e a PEC 241, referente ao teto dos gastos públicos”, esclareceu Alexandre Mandl, advogado dos manifestantes.Manifestação contra governo Temer bloqueia Rodovia Anhanguera em Sumaré.

Protesto

De acordo com o tenente da PM Daniel Dworak Neves, dois ônibus levaram o grupo até a rodovia e um caminhão deixou os pneus no local. “Quando a Polícia Rodoviária chegou, o grupo fugiu e voltou para os ônibus”, afirma.

Então, a PM conseguiu abordar os veículos no momento em que estavam saindo da pista e entrando no trecho urbano. Cerca de 35 pessoas foram detidas e levadas ao 2º Distrito Policial. Após o registro da ocorrência, todos foram liberados. “Agora será feita a apuração pelo Ministério Público e os órgãos responsáveis. Eles foram enquadrados por crime de atentado contra a segurança de meio de transporte e, também, consta no boletim de ocorrência uma lesão corporal, pois um motoqueiro foi atingido por um pneu quando eles estavam jogando os objetos”, destacou o tenente.

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Já o advogado que representa o grupo, Alexandre Mandl, lamentou as detenções dos manifestantes. “A gente lamenta bastante que a PM adote esse tom de truculência, rasgando o direito de manifestação. É inadmissível a forma que tenta se criminalizar, criando uma série de fatos e responsabilizando os manifestantes por isso”, destacou. Mandl afirmou que continuará acompanhando o caso. “Isso não vai nos impedir de seguir lutando pelos direitos da liberdade de manifestação, que é garantido pela constituição”, finalizou. - fonte: O Liberal

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