Serviços serão mantidos diz Odebrecht

Odebrecht diz que serviços serão mantidos após venda.

Empresa, que atua na coleta de esgoto e tratamento de água de Sumaré, afirmou que toda estrutura técnica permanecerá inalterada com a negociação.

Alvo de especulações nas últimas semanas, a venda da Odebrecht Ambiental, braço da Organização Odebrecht especializado em gestão de água, esgoto e resíduos, foi confirmada e a empresa garantiu que a negociação não irá alterar o serviço prestado. Um contrato de alienação das ações foi assinado com a empresa Brookfield Asset Management.

Na RPT (Região do Polo Têxtil), a concessionária é responsável pelo saneamento e distribuição de água em Sumaré, e sua atuação é bastante criticada pela oposição da prefeita Cristina Carrara (PSDB). A negociação foi, inclusive, citada nos debates sobre o reajuste extraordinário da tarifa de água solicitado pela empresa.

A Odebrecht Ambiental assumiu o serviço de água e esgoto de Sumaré em junho do ano passado

Em nota publicada em seu site, a Odebrecht Ambiental afirmou que “toda a estrutura técnica da Odebrecht Ambiental é parte da transação e permanece inalterada, assim como o seu quadro de funcionários, garantindo sua capacidade técnica-operacional e a manutenção dos compromissos com todos os municípios onde ela atua”. A Odebrecht Ambiental assumiu o serviço de água e esgoto de Sumaré desde junho do ano passado, quando ganhou licitação para prestar o serviço por 30 anos. Também nas últimas semanas, a gestão da concessionária foi alvo de polêmica devido ao pedido de reajuste extraordinário aprovado na última terça-feira pela Ares PCJ (Agência Reguladora de Serviços de Saneamento).

No contrato, é previsto que a Odebrecht Ambiental eleve o tratamento de esgoto do município a 100% até 2028, mas um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) exige que isso seja cumprido até 2022 e, por essa razão, a empresa pediu um reajuste extraordinário na conta, que ocorrerá em três parcelas de 3,62%, em janeiro de 2017, 2018 e 2019. A mudança gerou polêmica e foi alvo de protestos durante a audiência pública realizada na semana passada. Nos protestos, alguns presentes chegaram a dizer que o aumento não poderia ser aprovado sem que a negociação da empresa estivesse concluída.

De acordo com informações da empresa, foram vendidos 70% das ações da Odebrecht Ambiental, pelo valor de US$ 878 milhões (aproximadamente R$ 2,8 bilhões), composto por um pagamento antecipado de US$ 768 milhões e um adicional de US$ 110 milhões, ao longo dos próximos 3 anos, condicionado ao crescimento continuado da empresa. O fechamento definitivo da transação, previsto para o primeiro trimestre de 2017, está sujeito a uma série de condições que são habituais em transações envolvendo empresas prestadoras de serviço público, como a obtenção de anuências do poder público, dos financiadores e aprovações regulatórias.

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O reajuste extraordinário da tarifa de água em Sumaré, solicitado pela concessionária Odebrecht Ambiental, foi autorizado pela Ares PCJ (Agência Reguladora dos Serviços de Saneamento das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí), conforme resolução publicada na última terça-feira. O aumento será de 10,86%, parcelado em três vezes de 3,62%, em janeiro de 2017, 2018 e 2019. A mudança gerou polêmica e foi alvo de protestos durante a audiência pública realizada na semana passada.

De acordo com o documento publicado pela agência reguladora, o aumento visa a “manutenção do reequilíbrio econômico-financeiro do Contrato de Concessão”. Na audiência pública, o promotor do Gaema (Grupo de Atuação Especial do Meio Ambiente) do MP (Ministério Público), Rodrigo Sanches Garcia, explicou que o reajuste é necessário para que o trabalho da Odebrecht acelere e, assim, ela consiga cumprir o que é pedido no TAC (Termo de Ajustamento de Conduta).

Segundo a resolução, com o aumento, a Odebrecht poderá antecipar os investimentos das obras de construção, instalação e funcionamento dos sistemas de coleta, afastamento e tratamento de esgoto. -fonte: O Liberal

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