Juiz determina nova reintegração de posse
da
Vila Soma em Sumaré, SP
Moradores têm feito nas
últimas semanas várias passeatas e protestos.
Área particular de mil metros quadrados foi ocupada por famílias em 2012.
O juiz André Gonçalves
Fernandes, da 2ª Vara Cível de Sumaré (SP), determinou nova reintegração de
posse da Vila Soma. Ele alegou que se esgotaram todas as possibilidades de um
acordo entre prefeitura e moradores. A área foi ocupada pelas famílias em junho
de 2012.
Na decisão, o juiz diz que há desinteresse da prefeitura municipal em fazer um
acordo e por isso, ele cancelou a audiência prevista para o fim do mês. Ele
pede para notificar a Polícia Militar para que seja elaborado um plano de
reintegração de posse e também a administração para que dê a estrutura para a
retirada das famílias.
Os moradores têm feito nas últimas semanas várias passeatas e protestos na cidade
para pedir a garantia de moradia ou a permanência na área.
Áreas
para moradias
Nesta sexta-feira (3), eles se reuniram na Câmara Municipal com representantes
da secretaria geral da presidência da república e de uma construtora. Durante o
encontro, foram apresentadas seis áreas para a construção de moradias
populares.
Os moradores querem a
garantia de que terão uma moradia na nova área a ser escolhida, ou que sejam
mantidos no local onde estão hoje. A área foi ocupada em junho de 2012, mas em
março deste ano, a Justiça concedeu o direito de reintegração de posse para o
proprietário da área.
Reintegração
As famílias que moram na Vila Soma, aguardam as definições sobre a reintegração
de posse. O local, de mais de mil metros quadrados, é um terreno
particular e desde então, barracos, casas de alvenaria, comércios, biblioteca e
salas de aula foram construídos e os moradores improvisam para ter
abastecimento de água e energia elétrica. Segundo organizadores do movimento,
atualmente, 10 mil pessoas vivem na ocupação. Já a prefeitura estima que sejam
apenas 2,7 mil.
Nesta sexta-feira, antes da
reunião, os moradores da Vila Soma fizeram uma passeata pela região central da
cidade rumo à Prefeitura. A Polícia Militar acompanhou o ato pacífico, que teve
início às 10h e reuniu cerca de mil pessoas, segundo a PM.
Já os organizadores estimaram
em dois mil manifestantes. Os moradores pediram moradia com faixas e cartazes e
foram acompanhados por um trio elétrico. Eles percorreram a Avenida da Amizade,
uma das principais da cidade, e ruas do Centro, que chegaram a ser bloqueadas.
Fonte: G1 Campinas e Região
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