População se revolta com aumento da tarifa mínima
de
consumo de água pela Odebrecht
Por: Isabela
Santos
As contas de águas dos moradores de Sumaré ficaram mais
altas. A tarifa mínima de consumo passou de 5 metros cúbicos para 10 metros
cúbicos. Os moradores de Sumaré protestaram a mudança via redes sociais e
disseram terem sido pegos de surpresa. A empresa Odebrecht informou que a
mudança já estava prevista no edital de concessão, portanto é de conhecimento
da Prefeitura.
“Consegui reduzir meu gasto em 8 metros cúbicos por mês,
fazendo várias adaptações e agora vou pagar por 10 metros cúbicos. Economizar
pra que? Vamos passar a pagar por aquilo que não consumimos”, reclamou a
moradora Dagmar Bazan.
A sumareense Debora Galoro disse estar revoltada pela
falta de incentivo à economia. “Então, vou parar de me matar carregando baldes
e mais baldes de água da minha máquina de lavar para limpar o quintal e vou
começar a fazer jus ao que estão me cobrando já que não há recompensa pela
economia. Não sei porque vou ter que pagar, já que nunca usei o mínimo fixado
pelo DAE, pois falta água direto aqui e a pressão da água da rua é menor que a
da caixa. Só para encher minha lavadora de roupas, leva uma hora. Sem falar na
qualidade que é péssima”, comentou.
Alguns moradores chegaram a falar que lançarão uma
campanha para que todos gastem os 10 metros cúbicos por mês. “E se cada um
gastasse 10 metros cúbicos por mês, as estações de tratamento de água de Sumaré
teriam capacidade de tratar toda essa água? Alguém fez essa conta? Infelizmente
a Odebrecht Ambiental está na contramão da atual situação hídrica do Estado de
São Paulo, incentivando o consumo de água. Tenho certeza de que o sistema de
tratamento de água de Sumaré entrará em colapso e não teremos água para
enfrentar a seca dos próximos meses”, analisou Dagmar.
A concessão dos serviços de água e esgoto de Sumaré vale
por um período de 30 anos. Pelo contrato, a Odebrecht Ambiental Sumaré terá de
investir mais de R$ 300 milhões em obras nestas duas áreas. De acordo com a
Prefeitura, o primeiro compromisso anunciado pela concessionária é o de reduzir
as perdas de água tratada dos atuais 54%, em média, para a casa dos 30%, em
três anos. O segundo foi o de elevar o atual índice de tratamento de esgoto da
casa dos 14% para a casa dos 25% em um ano.
Para o sumareense, Cristiano Domingues, o problema não
foi a concessão em si, mas a forma como ela foi conduzida. “A prefeita falou
que não ia subir a tarifa da água, mas ela se esqueceu de dizer que com o
aumento do consumo mínimo, automaticamente a conta sobe, pois muitos estavam
gastando menos que isso. Ela não cumpriu o que foi combinado e isso é muito
negativo. Além disso, tem outros fatores no processo de concessão que ficaram
obscuros”, falou.
A prestação dos serviços pela concessionária deverá ser
fiscalizada tanto pela Prefeitura, enquanto poder concedente, quanto pela ARES
PCJ (Agência Reguladora da Bacia PCJ, órgão autônomo ao qual Sumaré é filiado),
pelo Ministério Público, pelo Poder Legislativo e pela sociedade civil em
geral.
A Prefeitura de Sumaré foi procurada pelo Jornal Página
Popular, mas não se pronunciou sobre o aumento do limite de consumo mínimo.
Fonte: Pagina
Popular
Em meio a crise hídrica se incentiva o aumento do
consumo, e ai Prefeita e Vereadores vão fingir que não está acontecendo nada ou
vão tomar alguma atitude??
Onde a concessionária vai arrumar água para suprir o
aumento do consumo, tendo em vista que quem se esforça para fazer
economia não mais fará esforço para reduzir o consumo, a questão ambiental é
fundamental para o uso consciente, mas se ao invés de incentivar a economia se
incentiva o gasto fica difícil.
Estamos de Olho
População se revolta com aumento da tarifa mínima
de
consumo de água pela Odebrecht
Por: Isabela
Santos
As contas de águas dos moradores de Sumaré ficaram mais
altas. A tarifa mínima de consumo passou de 5 metros cúbicos para 10 metros
cúbicos. Os moradores de Sumaré protestaram a mudança via redes sociais e
disseram terem sido pegos de surpresa. A empresa Odebrecht informou que a
mudança já estava prevista no edital de concessão, portanto é de conhecimento
da Prefeitura.
“Consegui reduzir meu gasto em 8 metros cúbicos por mês,
fazendo várias adaptações e agora vou pagar por 10 metros cúbicos. Economizar
pra que? Vamos passar a pagar por aquilo que não consumimos”, reclamou a
moradora Dagmar Bazan.
A sumareense Debora Galoro disse estar revoltada pela
falta de incentivo à economia. “Então, vou parar de me matar carregando baldes
e mais baldes de água da minha máquina de lavar para limpar o quintal e vou
começar a fazer jus ao que estão me cobrando já que não há recompensa pela
economia. Não sei porque vou ter que pagar, já que nunca usei o mínimo fixado
pelo DAE, pois falta água direto aqui e a pressão da água da rua é menor que a
da caixa. Só para encher minha lavadora de roupas, leva uma hora. Sem falar na
qualidade que é péssima”, comentou.
Alguns moradores chegaram a falar que lançarão uma
campanha para que todos gastem os 10 metros cúbicos por mês. “E se cada um
gastasse 10 metros cúbicos por mês, as estações de tratamento de água de Sumaré
teriam capacidade de tratar toda essa água? Alguém fez essa conta? Infelizmente
a Odebrecht Ambiental está na contramão da atual situação hídrica do Estado de
São Paulo, incentivando o consumo de água. Tenho certeza de que o sistema de
tratamento de água de Sumaré entrará em colapso e não teremos água para
enfrentar a seca dos próximos meses”, analisou Dagmar.
A concessão dos serviços de água e esgoto de Sumaré vale
por um período de 30 anos. Pelo contrato, a Odebrecht Ambiental Sumaré terá de
investir mais de R$ 300 milhões em obras nestas duas áreas. De acordo com a
Prefeitura, o primeiro compromisso anunciado pela concessionária é o de reduzir
as perdas de água tratada dos atuais 54%, em média, para a casa dos 30%, em
três anos. O segundo foi o de elevar o atual índice de tratamento de esgoto da
casa dos 14% para a casa dos 25% em um ano.
Para o sumareense, Cristiano Domingues, o problema não
foi a concessão em si, mas a forma como ela foi conduzida. “A prefeita falou
que não ia subir a tarifa da água, mas ela se esqueceu de dizer que com o
aumento do consumo mínimo, automaticamente a conta sobe, pois muitos estavam
gastando menos que isso. Ela não cumpriu o que foi combinado e isso é muito
negativo. Além disso, tem outros fatores no processo de concessão que ficaram
obscuros”, falou.
A prestação dos serviços pela concessionária deverá ser
fiscalizada tanto pela Prefeitura, enquanto poder concedente, quanto pela ARES
PCJ (Agência Reguladora da Bacia PCJ, órgão autônomo ao qual Sumaré é filiado),
pelo Ministério Público, pelo Poder Legislativo e pela sociedade civil em
geral.
A Prefeitura de Sumaré foi procurada pelo Jornal Página
Popular, mas não se pronunciou sobre o aumento do limite de consumo mínimo.
Fonte: Pagina
Popular
Em meio a crise hídrica se incentiva o aumento do
consumo, e ai Prefeita e Vereadores vão fingir que não está acontecendo nada ou
vão tomar alguma atitude??
Onde a concessionária vai arrumar água para suprir o
aumento do consumo, tendo em vista que quem se esforça para fazer
economia não mais fará esforço para reduzir o consumo, a questão ambiental é
fundamental para o uso consciente, mas se ao invés de incentivar a economia se
incentiva o gasto fica difícil.
Estamos de Olho
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