quarta-feira, 8 de julho de 2015

Reintegração de Posse Vila Soma em até 20 dias

PM terá que organizar reintegração na Vila Soma
Juiz ainda afirmou que há "explícito desinteresse"
do governo municipal na resolução do problema

O juiz da 2ª Vara Cível de Sumaré, André Gonçalves Fernandes, mandou que a Polícia Militar organize a reintegração de posse na Vila Soma em até 20 dias. A decisão também cancela um encontro dos moradores com o Gaorp (Grupo de Apoio às Ordens Judiciais de Reintegração de Posse), do TJ (Tribunal de Justiça), porque, segundo o magistrado, há "explícito desinteresse" do governo municipal na resolução do problema.

Atualmente, representantes do poder público, do Judiciário, de uma construtora e das famílias negociam a construção de moradias populares. 

Em despacho na sexta-feira passada, o juiz oficiou o 48º BPMI (Batalhão da Polícia Militar do Interior) e a Secretaria Municipal de Assistência Social, para que planejasse o acolhimento aos moradores mais "frágeis". Também determinou que a presidência do TJ designasse 40 oficiais de justiça para auxiliar no cumprimento da reintegração de posse, que, apesar de já ter sido determinada, não tem data para ocorrer. A Vila Soma criticou a decisão e disse que irá tomar "medidas judiciais cabíveis".

Em nota divulgada no última dia 30, a Prefeitura de Sumaré - que apenas indicou regiões da cidade que teriam mais chances de possuírem a infraestrutura necessária para absorver eventuais novos conjuntos habitacionais - acusou políticos de explorar a situação da Vila Soma, área invadida no Parque Residencial Manoel Vasconcelos, e afirma que o envolvimento deles cria um "ambiente de confronto". 

A municipalidade, no entanto, não informou quais seriam essas pessoas. Há um ano, pelo menos, moradores são liderados por pessoas ligadas ao PT, que organizam protestos, atacam o governo municipal e buscam negociação com o poder público para a construção de moradias populares.


Estamos de Olho


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