sábado, 23 de novembro de 2013

Acampados Deixam Prefeitura

Moradores da Soma deixam prefeitura


Apesar de não terem atingido o objetivo inicial, coordenação do grupo avaliou como positiva a ocupação.

Após cinco dias acampados em frente a Prefeitura de Sumaré, os moradores da Vila Soma deixaram o local ontem à tarde, apesar de não conseguirem falar com a prefeita Cristina Carrara (PSDB).
Os manifestantes reivindicavam uma audiência com a tucana para pedirem que o Executivo não ofereça suporte à ordem de despejo, proferida pela Justiça em setembro, que determina a saída imediata das famílias que hoje vivem no terreno localizado no Parque Residencial Manoel de Vasconcelos.
Moradores decidiram deixar o acampamento em frente ao Paço da prefeitura e voltar para o terreno. Apesar de não terem atingido o objetivo inicial, a coordenadora da ocupação, Vânia Inês da Cunha, avaliou como positiva a ocupação, que trouxe a atenção da população para a situação das famílias. 

"A gente conquistou muita coisa, em termos das pessoas estarem nos respeitando. Antes, era tudo um bando de bandido e, hoje, a população já vê, pela passividade, que nós estamos lutando pelos nossos ideais somente. Somos pessoas humildes", disse. "Em qualquer hora, sem data marcada, voltaremos", completou.

A coordenação se comprometeu a deixar limpo todo o local que foi usado para montar o acampamento improvisado com cordas e lonas e, inclusive, contratou um caminhão-pipa para lavar a área. "Vai ficar lindo. Não lavaram para a gente entrar, mas nós estamos lavando para deixar para eles", brincou.

A ocupação do terreno de 500 mil metros quadrados iniciou-se em junho de 2012, por cerca de 200 famílias.

Pertencente à massa falida da Soma e à Vifer, área hoje tem mais de 5 mil famílias e já conta com luz elétrica (instalada ilegalmente), abastecimento de água improvisado e casas de compensados e brasilite.

Neste ano, o Ministério Público moveu uma ação contra os moradores, pedindo a desocupação da área. A Promotoria sustenta que a invasão infringe a legislação ambiental e a lei de parcelamento do solo.


A Justiça acatou o pedido do Ministério Publico em setembro, determinando a retirada dos invasores da área e autorizando o uso de força policial caso haja necessidade, numa eventual não cumprimento voluntário da ordem.

Estamos de Olho

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