Moradores da Soma deixam
prefeitura
Apesar de
não terem atingido o objetivo inicial, coordenação do grupo avaliou como
positiva a ocupação.
Após cinco
dias acampados em frente a Prefeitura de Sumaré, os moradores da Vila Soma
deixaram o local ontem à tarde, apesar de não conseguirem falar com a prefeita
Cristina Carrara (PSDB).
Os
manifestantes reivindicavam uma audiência com a tucana para pedirem que o Executivo
não ofereça suporte à ordem de despejo, proferida pela Justiça em setembro, que
determina a saída imediata das famílias que hoje vivem no terreno localizado no
Parque Residencial Manoel de Vasconcelos.
Moradores
decidiram deixar o acampamento em frente ao Paço da prefeitura e voltar para o
terreno. Apesar de
não terem atingido o objetivo inicial, a coordenadora da ocupação, Vânia Inês
da Cunha, avaliou como positiva a ocupação, que trouxe a atenção da população
para a situação das famílias.
"A gente conquistou muita coisa, em termos das pessoas estarem nos
respeitando. Antes, era tudo um bando de bandido e, hoje, a população já vê,
pela passividade, que nós estamos lutando pelos nossos ideais somente. Somos
pessoas humildes", disse. "Em qualquer hora, sem data marcada,
voltaremos", completou.
A coordenação se comprometeu a deixar limpo todo o local que foi usado para
montar o acampamento improvisado com cordas e lonas e, inclusive, contratou um
caminhão-pipa para lavar a área. "Vai ficar lindo. Não lavaram para a
gente entrar, mas nós estamos lavando para deixar para eles", brincou.
A ocupação do terreno de
500 mil metros quadrados iniciou-se em junho de 2012, por cerca de 200
famílias.
Pertencente
à massa falida da Soma e à Vifer, área hoje tem mais de 5 mil famílias e já
conta com luz elétrica (instalada ilegalmente), abastecimento de água
improvisado e casas de compensados e brasilite.
Neste ano, o Ministério Público moveu uma ação contra os moradores, pedindo a
desocupação da área. A Promotoria sustenta que a invasão infringe a legislação
ambiental e a lei de parcelamento do solo.
A Justiça
acatou o pedido do Ministério Publico em setembro, determinando a retirada dos
invasores da área e autorizando o uso de força policial caso haja necessidade, numa
eventual não cumprimento voluntário da ordem.
Estamos de Olho
Nenhum comentário:
Postar um comentário