quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Senadores votam contra

Senadores barram redução de maioridade penal
A CCJ (Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania) do Senado rejeitou nesta quarta-feira (19) uma proposta que determina a redução de 18 para 16 anos a maioridade penal para crimes hediondos.
A PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 33 de 2012 estabelecia que jovens de 16 a 18 anos poderiam cumprir penas equivalentes às dos adultos em crimes como tortura, terrorismo, tráfico de drogas, desde que haja um parecer do promotor da infância e autorização da Justiça.
A maioridade penal atualmente está fixada em 18 anos. Com isso, menores não podem responder como adultos pela prática de crimes, sendo punidos apenas com medidas socioeducativas.
O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) apresentou voto em separado pela rejeição da PEC. Segundo ele, a redução da maioridade penal fere direitos e garantias individuais estabelecidos como cláusula pétrea pela Constituição .
O relator da proposta, senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), recomendava a aprovação da PEC 33, de autoria do senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), e a rejeição das demais. Tramitam na Casa mais cinco propostas sobre o tema, que foram rejeitadas com a proposta.
Em junho do ano passado, pesquisa da CNT (Confederação Nacional dos Transportes) em conjunto com o instituto MDA mostrou que 92,7% dos brasileiros são a favor da redução da maioridade penal, atualmente de 18 anos, para 16. Outros 6,3% são contra e 0,9% não opinaram.
Histórico
A redução da maioridade penal voltou ao noticiário em abril de 2013, quando o universitário Victor Hugo Deppman, 19, foi assassinado em frente ao prédio onde morava, em São Paulo, supostamente por um adolescente de 17 anos --que completou 18 anos poucos dias depois.
Em seguida, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), levou ao Congresso Nacional projeto de aumentar o rigor na punição a menores que cometeram crimes hediondos. O projeto, no entanto, não pedia a redução da maioridade penal. 
"Este é um clamor da sociedade a que precisamos dar uma resposta", afirmou o governador paulista à época.
Sen. Eduardo Suplicy (PT/SP) / Sen. Antonio Carlos Rodrigues (PR/SP)
Sen. José Pimentel (PT/CE) / Sen. Gleisi Hoffmann (PT/PR) / Sen. Pedro Taques (PDT/MT)
Sen. Anibal Diniz (PT/AC) / Sen. José Pimentel (PT/CE) / Sen. Gleisi Hoffmann (PT/PR)
Sen. Pedro Taques (PDT/MT) /
Sen. Anibal Diniz (PT/AC) / Sen. Antonio Carlos Valadares (PSB/SE)
Sen. Inácio Arruda (PCdoB/CE) / Sen. Eduardo Lopes (PRB/RJ) / Sen. Randolfe Rodrigues (PSOL/AP)
Sen. Eduardo Braga (PMDB/AM) / Sen. Vital do Rêgo (PMDB/PB) / Sen. Pedro Simon (PMDB/RS)
Sen. Luiz Henrique (PMDB/SC) / Sen. Eunício Oliveira (PMDB/CE) / Sen. Francisco Dornelles (PP/RJ)
Sen. Sérgio Petecão (PSD/AC) / Sen. Romero Jucá (PMDB/RR) / Sen. Aécio Neves (PSDB/MG)
Sen. Cássio Cunha Lima (PSDB/PB) / Sen. Alvaro Dias (PSDB/PR) / Sen. José Agripino (DEM/RN)
Sen. Armando Monteiro (PTB/PE) / Sen. Mozarildo Cavalcanti (PTB/RR)
lembre-se destes nomes
Estamos de Olho

Nenhum comentário:

Postar um comentário