A Câmara deve desembolsar por mês mais de R$ 80 mil
no pagamento de aposentadorias para deputados e ex-deputados condenados no
processo do mensalão.
Além de José Genoino (PT-SP), que pediu aposentadoria por
invalidez na quarta, o deputado Valdemar da Costa Neto (PR-SP) e os
ex-deputados Roberto Jefferson, (PTB-RJ), José Borba (PMDB-PR) e Pedro Corrêa
(PP-PE) têm direito ao benefício da Câmara.
É brincadeira o que estes políticos fazem com o
nosso dinheiro, condenados e cumprindo pena, tem direito a aposentadoria pagas
pelo povo brasileiro, o pior após ser comprovado seus crimes que lesaram os
cofres públicos, com esse dinheiro daria pra pagar quantos médicos?
Cassado em 2005, no auge do escândalo, Jefferson
recebe mensalmente, em valores brutos, R$ 18.477 como aposentado da Câmara.
O deputado, que teve seis mandatos na Câmara, hoje
com 60 anos, conquistou o benefício na época porque estava vinculado ao extinto
IPC (Instituto de Previdência dos Congressistas), que permitia ao parlamentar
se aposentar proporcionalmente após oito anos de contribuição e 50 anos de
idade.
Costa
Neto, 64, será enquadrado na mesma regra quando deixar o mandato. Como aderiu à
Previdência da Câmara antes de 1997, quando o IPC foi extinto, o parlamentar
terá direito a aposentadoria mensal de R$ 16.773.
Ele
recebeu aposentadoria no período em que esteve sem mandato, entre 2005 e 2007.
Ex-presidente do PR, renunciou ao posto em 2005 numa tentativa de evitar a
cassação.
A Câmara deixou
de pagar o benefício quando ele reassumiu a cadeira, em 2007, após ter
conseguido se eleger novamente deputado, já que não é permitido o acúmulo da
aposentadoria com o salário.
Genoino,
67, tem assegurada aposentadoria de R$ 20 mil mensais, conquistada em 2005
quando pediu o benefício proporcional aos seus anos na Câmara, onde ingressou
em 1983. Na época em que pediu o benefício, ele estava sem mandato e foi
afastado da cúpula do PT por causa do envolvimento no mensalão.
Se a
Câmara conceder a aposentadoria por invalidez -internado em julho, Genoino foi
submetido a uma cirurgia cardíaca-, o valor subirá para R$ 26,7 mil por mês e ele
poderá manter o plano de saúde da Câmara. Junta médica da Casa analisará o seu
caso.
Também
condenados pelo mensalão, João Paulo Cunha (PT-SP) e Pedro Henry (PP-MT) não
terão direito à aposentadoria se deixarem o mandato.
Cunha,
55, aderiu ao plano de Previdência da Câmara no atual modelo, em que deputados
recebem o benefício só depois de 35 anos de contribuição e 60 anos de idade.
Henry,
56, chegou a receber aposentadoria quando renunciou ao mandato em 2005, mas ao
retornar para o sistema previdenciário da Casa optou por deixar o IPC e receber
em dinheiro a contribuição retroativa.
Segundo a
administração da Câmara, o ex-deputado José Dirceu (PT-SP), cassado em 2005,
não recebe benefícios previdenciários da Casa.
Desde
2005, o ex-deputado José Borba, 64, recebe mensalmente R$ 11.529 como
aposentado da Câmara. Na época das denúncias do mensalão, Borba renunciou ao
mandato para escapar da cassação. Como foi contribuinte do IPC, conseguiu se
afastar da Casa mantendo o benefício mensal.
O mesmo
cenário se aplica ao ex-deputado Pedro Corrêa, 65. Cassado há sete anos, o
ex-presidente do PP recebe aposentadoria de R$ 17.713. A Casa concedeu o
benefício em 2006, pouco depois de Corrêa perder o mandato.
Também
condenados, os ex-deputados Bispo Rodrigues (então no PL, hoje PR) e Romeu
Queiroz (PTB) não têm direito às antigas regras do IPC -que permitiam o
pagamento proporcional do benefício.
Ou seja para eles o crime realmente compensa... até podem se aposentar
podem roubar, formar quadrilha causar prejuízos aos cofres públicos
e ainda aposentam com um bom salário...
e fica a pergunta onde está a lei do fixa limpa???
Estamos de Olho
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