Trabalhadores do setor
financeiro, em campanha salarial, entram em greve a partir desta quinta-feira
(19). A paralisação foi decidida na semana passada, e ocorre
por tempo indeterminado, segundo o Contraf (Confederação Nacional dos Trabalhadores
do Ramo Financeiro), entidade ligada à CUT (Central Única dos Trabalhadores).
O foco das paralisações nesta
quinta (19) serão as agências bancárias; na sexta, o alvo passa a ser os centros administrativos dos grandes bancos,
segundo o Sindicato dos bancários de São Paulo, Osasco e Região.
"Queremos afetar as áreas
de tecnologia e as mesas de operação, para pressionar as empresas a negociarem
o mais rápido possível", afirmou Juvandia Moreira, do sindicato de São
Paulo.
Como a pauta dos bancários é
unificada, os funcionários do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal
também vão paralisar as atividades, assim como os trabalhadores dos bancos
privados.
Reivindicações
Os bancários reivindicam 11,93% de reajuste salarial (5% de aumento
real), piso salarial para a categoria bancária referente ao valor calculado
pelo Dieese (acima de R$ 2.000) e o fim das demissões no setor, além de
melhores condições de trabalho.
O Contraf representa dez federações e 143 sindicatos das bases onde
trabalham cerca de 95% dos 490 mil bancários do país.
De acordo com a confederação, a
proposta da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) foi
o ajuste de 6,1% sobre salários, pisos e todas as verbas salariais
(auxílio-refeição, cesta-alimentação, auxílio-creche/babá etc.).
Também propõe participação nos lucros e resultados (PLR) de 90%, mais
valor fixo de R$ 1.633,94, limitado a R$ 8.927,61 (o que significa reajuste de
6,1% sobre os valores da PLR do ano passado). Também foi proposta uma parcela
adicional da PLR - 2% do lucro líquido dividido linearmente a todos os
bancários, limitado a R$ 3.267,88.
Para o diretor de Relações do Trabalho da entidade, Magnus Ribas
Apostólico, "é um momento de se preservar conquistas e não de aumentar
custos, por isso a proposta prevê manutenção do poder aquisitivo".
Ele afirmou, ainda, que a Fenaban se mantém aberta a negociações.
Infelizmente quem acaba sofrendo são os usuários, pois estas greves acabem trazendo transtornos a toda população... Mas é um direito então que seja breve esta greve.
Estamos de Olho
Nenhum comentário:
Postar um comentário